O Governo do Estado pode ter, no ano que vem, uma quantia extra de dinheiro para investir em estradas, educação,saúde e segurança.
Recurso que não pagaria salários e nem iria para os poderes e correlatos.Talvez isso chegue a mais de um bilhão de reais novos.De onde viria esse dinheiro?
Fazendo contas grosseiras, 450 milhões de reais seriam do Fethab 2, aquele que cobrará dobrado sobre as commodities. É um recurso além do que se arrecada hoje com o Fethab 1.
No Fethab 1,da arrecadação sobre diesel, uma parte vai para o governo e outra para as prefeituras e poderes. A cobrança sobre commodities é toda do governo.
Aqueles 450 milhões de reais seria um acréscimo ao que arrecada o Fethab 1, portanto.
Mais recursos viriam de onde? O MPE, TEC, TJ e AL não devem abrir mão de 15% dos duodécimos ou 405 milhões de reais, talvez de uns 300 milhões. E ainda tem aquela possibilidade de não receberem do excesso de arrecadação.
Acrescentado aos 450 milhões, nessa conta grosseira aqui inventada, seriam uns 750 milhões de reais novos.
A carência no pagamento dos juros da dívida com a União para o ano que vem daria uns 100 milhões novos? O setor do comércio também fala em participar no Pacto por MT, quanto o governo teria daí?
Quanto o governo economizaria no pente fino que faz nos incentivos fiscais destorcidos? E na nova reforma administrativa?
No final, poderia ser algo como um bilhão de reais novos. Recurso além do orçamento e do que arrecada o Fethab 1. Se confirmado,daria fôlego administrativo e politico ao governo.
A politica é cheia de curvas e curiosidades. Com o problema do RGA e a greve dos funcionários públicos, a vida política do Governo já estava sendo questionada.
Até antes desse imbróglio, era comum ouvir que o Taques poderia ser candidato a presidente em 2018.De uma hora para outra já estaria com dificuldade até para a reeleição.
Como a conversa política é volúvel, talvez o Taques, lá pelo meio do ano que vem, depois de investir parte daqueles recursos, volte a ter o nome ventilado para presidente outra vez.
Naquela mania do Estado que vem desde Júlio Campos que seria o próximo presidente depois do Paulo Maluf. Dante e Blairo também tiveram os nomes citados.
Agora, o Blairo passou a ser visto outra vez como candidato a presidente ou a vice. Coisas da política em MT.
Mais um assunto do atual momento. Se a Assembleia Legislativa aprovar o parcelamento do RGA, colocaria os sindicatos em posição desconfortável.
Seria o Legislativo, o Judiciário e o Executivo falando na mesma direção. E ainda o TCE, que definiu que o Governo não pode descumprir a meta da LRF.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e analista político em Cuiabá.
www.alfredomenezes.com