"> Polícia cumpre a 2ª fase de operação contra falsificação de diplomas – CanalMT
G1

Polícia cumpre a 2ª fase de operação contra falsificação de diplomas

G1

A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da “Operação Volta às Aulas”, que investiga uma quadrilha suspeita de falsificar diplomas e históricos escolares de cursos de ensino à distância, em 11 cidades do Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso, na manhã desta quarta-feira (22).

De acordo com as investigações, a quadrilha costumava cobrar até R$ 1,7 mil pelos certificados e diplomas falsos. Dez cursos são alvo desta fase da operação.

Até as 12h30,  três pessoas tinham sido presas em Cuiabá, Mato Grosso, duas no Rio de Janeiro, uma em Londrina e uma no bairro Mossunguê, em Curitiba, contra Luiz Augusto Fumaneri, dono do Instituto Brasileiro de Ensino a Distância (Ibed), no Paraná. Duas pessoas, que deveriam ter sido presas no RJ, estão foragidas.

O advogado Levi de Andrade, que defende Luiz Fumaneri, disse ao G1 que considerou a prisão do seu cliente desnecessária. “O meu cliente sempre procurou colaborar com a Justiça desde a primeira fase da operação, inclusive nós peticionamos os autos para que ele fosse ouvido a qualquer momento. E fomos surpreendidos com a prisão dele hoje. Na minha visão, é uma prisão desnecessária”, argumentou Andrade.

Em Londrina, foi preso Túlio Alencar, que é professor do Ibed. O advogado dele, Itacir José Rockenbach disse que o cliente foi contratado para dar aulas pelo Ibed no curso CDF em 2015, mas ao descobrir sobre as irregularidades deixou da instituição. “Ele prestou serviço, mas não tinha conhecimento de nenhuma fraude ou ilegalidade. Ele apenas ministrava aulas”, explica o advogado.

Ainda em Londrina, também foi cumprido um mandado de condução coercitiva contra o proprietário do curso CDF Carlos Alberto Swain Vidal. Ele foi liberado logo após prestar depoimento. Até as 12h30, o G1 não conseguiu localizar Vidal e nem o advogado dele.

Ao todo, foram expedidos 42 mandados judiciais, sendo nove de prisão temporária, nove de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 24 de busca e apreensão.

Como funcionava o esquema

Segundo a Polícia Civil, o esquema funcionava da seguinte forma: os alunos interessados pagavam o valor para fazer uma prova em um dos cursos investigados. Na sequência, essas instituições mandavam a prova  e a documentação dos alunos para cinco entidades, entre elas o Instituto Brasileiro de Ensino a Distância (Ibed).

Depois, as entidades criavam uma pasta falsa com históricos escolares e outros documentos e enviava para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) para a autenticação dos documentos.

Outras oito entidades, que não tinham autorização para emitir os certificados, também são alvo da operação. “Os cursos que não tinham autorização recorriam aos que eram credenciados para obter, mediante pagamento, os diplomas e certificados”, segundo o delegado Renato Bastos Figueroa. Ele disse ainda que os documentos não têm validade e que “muitos alunos nem sequer realizaram as provas para serem graduados”.

Cerca de 350 alunos usaram os diplomas e certificados para, por exemplo, realizar matrículas em universidades. Esses estudantes estão sendo investigados para saber se tinham ciência do esquema criminoso, segundo a polícia.

As cidades alvo da operação no Paraná são: Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Guarapuava, Londrina e Maringá. No Rio de Janeiro: Nova Iguaçu e capital. No Mato Grosso: Cuiabá.


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta