A Justiça conseguiu bloquear apenas R$ 6,2 mil das contas dos réus da ação de improbidade oriunda da Operação Sodoma. Na semana passada, o juiz Luis Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens e contas do ex-governador Silval Barbosa (PMDB); os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda); o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio César Correa Araújo; o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes Andrade Lima Filho, o Chico Lima; a ex-secretária de Nadaf na Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso), Karla Cintra e a empresa NBC Asssessoria, Consultoria e Planejamento, de propriedade de Nadaf.
Para surpresa, a conta do ex-governador Silval Barbosa e do seu ex-chefe de gabinete estão zeradas, ou seja, não foi encontrado nenhum real. Já na conta de Marcel de Cursi e Pedro Nadaf a Justiça encontrou a quantia de R$ 5,89 mil e R$ 6,4 mil, respectivamente. Na conta da empresa de Nadaf, a NBC Assessoria, o valor foi de R$ 359,85. Chico Lima só tinha R$ 171,80 em sua conta e Karla Cintra apenas R$ 39,70.
A Justiça também bloqueou veículos e imóveis em nome de Nadaf, Lima e Karla Cintra.
Sodoma – A primeira fase da Operação Sôdoma, que levou Silval, Nadaf e Cursi para prisão, investiga o esquema de cobrança de propina de empresários que foram beneficiados com incentivos fiscais no período de 2011 e 2015. Apenas o empresário João Batista Rosa teria pago mais de R$ 2 milhões de propina para quadrilha supostamente comandada por Silval Barbosa. O incentivo fiscal era concedido a empresários que aceitaram pagar propina para o grupo.