Na tentativa de pressionar o governo do Estado pagar integralmente os 11,28% da Revisão Geral Anual (RGA), o Fórum Sindical realiza nesta terça-feira (14), às 14 horas, uma nova manifestação em frente ao Tribunal Regional do Trabalho, em Cuiabá. Em seguida os servidores seguem em caminhada para a Secretaria de Estado de Gestão. No final da tarde, os servidores devem se dirigir para a Assembleia Legislativa para pressionar os deputados estaduais a intermediarem as negociações junto ao Executivo.
O Fórum, entidade que representa 32 sindicatos de servidores públicos, pretende se posicionar oficialmente hoje sobre a proposta do governo em pagar 6% da reposição inflacionária em três parcelas, sendo a primeira em setembro deste ano e as demais em janeiro e abril de 2017. A proposta foi apresentada pela equipe econômica do governo Pedro Taques (PSDB) na última sexta-feira (10).
Alguns sindicatos, como dos servidores da Saúde, já recusaram o pagamento de 6% parcelado e garantem que vão manter a greve. A paralisação atinge 29 categorias, no entanto, várias delas já retornaram ao trabalho mesmo com a manutenção da greve pelos sindicatos.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de MT (Sintep), que representa 40 mil servidores, se reúne amanhã (15) para discutir se mantém a greve. A tendência, segundo dirigentes do Sintep, é manter a paralisação que teve início no último dia 31 de maio.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso declarou ilegal a greve dos servidores da Saúde, Sema, Detran, Segurança e Sistema Penitenciário.
Em entrevista ao programa Opinião da TV Pantanal – canal 22 -, na noite desta segunda-feira (13), o governador Pedro Taques reafirmou que em função da crise econômica o Estado não tem condições de pagar integralmente o RGA. Taques disse ainda que se fosse pago os 11,28% referente a perda inflacionária de 2015 para os quase 100 mil servidores públicos o atraso salarial seria inevitável. “Com o pagamento dos 11,28% os salários atrasariam a partir do mês de julho”. Ele também reforçou que o governo está aberto ao diálogo e pediu para o que os servidores voltem ao trabalho. “Peço compreensão dos servidores e que voltem ao trabalho”, apelou o governador.