Os empresários Marcelo Maluf, Georges Malouf e Antônio Pascoal Bortoloto proprietários da construtora São Benedito, GMS e da loja de materiais para construção Todimo, respectivamente, foram levados coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal. Eles são alvos da 11ª etapa da Operação Ararath, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro através da compra de imóveis em nome de “laranjas”. O dinheiro utilizado na compra dos imóveis teriam sido desviados do cofres públicos.
Bortoloto goza de prestígio com a classe política em função de ser um generoso doadors de campanhas políticas. Ele fiz doações para as campanhas de Silval Barbosa (PMDB) em 2010 e do governador Pedro Taques (PSDB) em 2014.
O mega empresário da construção civil, Marcelo Maluf é primo do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf, e também é filiado no PSDB. Ele é um dos nomes cotados para ser candidato a vice-prefeito de Cuiabá na chapa encabeçada por Mauro Mendes (PSB).
Com essa operação o nome de Marcelo deve ser excluído da lista de opções do PSDB para indicar para vice na chapa do prefeito Mauro Mendes. Outro tucano que saiu da disputa foi o ex-secretário de Educação do Estado, Permínio Pinto. Apesar de não ser investigado na Operação Rêmora, Permínio sofreu o desgaste da operação que investiga irregularidades na Educação e optou em não levar adiante seu projeto político para as eleições deste ano.
Ararath – A primeira fase da operação foi deflagrada pela Polícia Federal em 2011 e investigou crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de dinheiro envolvendo vários políticos e empresários. Na época, a operação levou pela cadeia pela primeira vez o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), e o ex-secretário Eder Moraes (PHS). Já em outra etapa da operação ocorrida em 2014, o ex-governador Silval Barbosa foi alvo de busca e apreensão e acabou preso após ter uma arma com registro vencido.