Como haviam anunciado, os servidores públicos do Estado aderiram à paralisação geral por 24 horas nesta terça-feira (17). A paralisação é para protestar contra a medida do governo estadual em adiar o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% referente as perdas inflacionárias de 2015. Segundo o governador Pedro Taques (PSDB), o pagamento do RGA, previsto para o mês de maio, poderia provocar o atraso no salário dos quase 100 mil servidores públicos.
De acordo com o Fórum Sindical pelo 20 dos 22 sindicatos que representam os servidores aderiram ao movimento nesta terça. Áreas essenciais como saúde e segurança vão funcionar normalmente, segundo os dirigentes do Fórum Sindical.
A previsão é que os servidores façam uma manifestação em frente a Secretaria de Gestão do Estado para pressionar o governo a pagar o RGA. No entanto, o governo já adiantou que não negocia com servidores em greve. A proposta do Executivo é pagar as perdas inflacionárias até o final deste ano.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, informou que toda categoria aderiram a greve geral. Isso representa quase metade dos servidores do Estado. “É um direito constitucional. Entendemos a crise econômica, mas o servidor não pode ser penalizado. O governo precisar fazer ajustes, reduzir gastos sem cortar o direito constitucional do funcionalismo”, disse Lopes.
Do outro lado, o secretário de Gestão, Júlio Modesto, reafirmou que o diálogo está aberto e que a crise econômica que o país atravessa impossibilitou o Estado em fazer o pagamento do RGA neste momento para não comprometer o pagamento em dia dos salários. “O compromisso do governador e da Câmara de Gestão é abrir o diálogo franco para estudar mensalmente o que podemos fazer para cumprir com a RGA”.
Na semana passada, cerca de 10 mil servidores fizeram uma manifestação no Centro Político Administrativo em Cuiabá para cobrar o pagamento da reposição inflacionária do governo do Estado.