O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), exonerou o assessor parlamentar Moisés Dias da Silva, preso preventivamente pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Rêmora, no último dia 3. Moisés é suspeito de ser um dos articuladores do esquema de cobrança de propina e fraude em licitações na Secretaria de Estado de Educação.
A demissão do assessor parlamentar foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta quarta-feira (11).
Moisés Dias da Silva atuou como superintendente de Infraestrutura Escolar da Secretaria de Educação no período de novembro de 2015 a março de 2016 em substituição a Wander Luiz dos Reis, também preso pela suspeita de participação no esquema de fraudes. Dias foi colocado no cargo a pedido de alguns empresários que estavam descontentes com Wander. O ex-superintendente passa informações sobre processos de licitações para construção e reforma de escolas aos empresários. Em troca recebia propina de até 5%. As fraudes ocorreram em contratos que totalizam R$ 56 milhões.
Conforme o Gaeco, o esquema se dividia em três núcleos. O primeiro composto por agentes públicos que compuseram uma organização criminosa que fraudava licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reformas de escolas. Já o Núcleo de Operações contava com a participação dos empresários Luiz Fernando Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues e Giovane Guizardi. Este último continua preso.
A Operação Rêmora levou o afastamento de Permínio Pinto (PSDB) do comando da Secretaria de Educação. Apesar de ter sido citado por empresários, o tucano não é oficialmente investigado.