O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho (PSDB), presta depoimento, na manhã desta terça-feira (11), ao Gaeco (Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele foi convocada para falar sobre o esquema de fraudes e pagamento de propina investigados na Operação Rêmora.
Abatido, o tucano chegou para depor reafirmando que está a disposição para colaborar com as investigações e que assim que tomou conhecimento das fraudes, por meio de um empresário, exonerou os envolvidos. “Ficou claro na investigação que eu orientei o empresário a não pagar para participar do processo licitatório. Vocês tem conhecimento que depois disso eu fiz as exonerações dos possíveis envolvidos”.
A juíza Selma Rosane Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, disse em sua decisão que deu origem a Operação Rêmora que não existia indícios de participação de Permino no esquema de corrupção. No entanto, empresários que foram ouvidos pelo Gaeco citaram o ex-secretário.
No mesmo dia em que foi deflagrada a Operação Rêmora, Permínio Pinto pediu afastamento da Secretaria de Educação alegando que deixaria o cargo para garantir a lisura das investigações. Com o afastamento de Pinto, quem assume interinamente o comando da Secretaria de Educação é o chefe de gabinete do Governo, José Arlindo de Oliveira.
O ESQUEMA
De acordo com o Gaeco o esquema de fraudes e pagamentos de propina na Educação movimento nos últimos 16 meses cerca de R$ 56 milhões. Foram presos na operação empresários, como o Giovani Guizardi e o ex-presidente da Assembleia Legislativa Moises Feltrin. Além dos ex-servidores da Secretaria de Educação, Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias da Silva.