"> Chegou a hora de resistir e lutar – CanalMT

Chegou a hora de resistir e lutar

Enquanto os credores da dívida pública recebem bilhões de reais, a título de juros e outros emolumentos, os grandes produtores e industriários também bilhões de reais, a título de isenções fiscais, bem como os membros do Sistema de Justiça outros centenas de milhões de reais, a título do famigerado “auxílio moradia”, a direita brasileira insiste que o problema das contas pública estão no Bolsa Família, ProUni, Pronatec, Minha Casa Minha Vida.

Enfim, nos programas sociais, no aumento do salário mínimo e na manutenção dos direitos trabalhistas.

E o “Governo provisório” que está se impondo mediante um golpe de Estado, dirigido por Temer/Cunha e apoiado por Aécio/Serra, já disse para que veio, para cortar os programas sociais – e atender os rentistas -, para fazer o desmonte dos direitos trabalhistas – e atender a Fiesp e a CNA.

E para entregar o Brasil  e atender as multinacionais, como a Chevron.

O pior é ver quem será diretamente prejudicado com esse pacote de maldades defender o impeachment da presidente Dilma, exatamente como os idealizadores das maldades acima noticiadas planejaram.

Mais paradoxal do que isso é assistir, perplexo, a grita de combate à corrupção, daqueles que defendem o impeachment da presidente Dilma, diante talvez do governo que mais deu autonomia, independência e condições para os órgãos judiciários funcionarem, cortando na própria carne.

Bem diferente do que fizeram Sarney e FHC, por exemplo, que criavam todo tipo de embaraço, sobretudo na Polícia Federal, para que investigações sobre crimes de colarinho branco prosperassem.

E esse movimento terá de dormir com o barulho de estar servindo de massa de manobra para que o que temos de pior na política brasileira chegue ao poder, sem sequer ter disputado as eleições e submetido seu programa daninho ao crivo da população.

O que vemos, na prática, é um embate do poder econômico, da Fiesp,  da CNA e companhia limitada, contra a soberania popular, representada pelo sufrágio universal, mais precisamente pelo voto popular.

Por enquanto, ante a condescendência de parte da população, e a letargia doutra parte, o poder econômico do teto da pirâmide está prevalecendo, contra os interesses dos trabalhadores e maioria do povo brasileiro.

Espero que haja reação popular, sob pena de termos pela frente muita turbulência política, social e econômica, fomentada por uma agenda ultraneoliberal reprovada nas urnas nas quatro derradeiras eleições.

Chegou a hora de resistir e lutar. Pois não é qualquer coisa que está em jogo, é a vida de todos nós, principalmente dos menos favorecidos e dos excluídos, dos filhos e das famílias de todos os brasileiros, e não apenas dos picaretas do Congresso Nacional.

Também devemos isso à memória dos que literalmente deram suas vidas, para que hoje pudéssemos desfrutar de um Estado Democrático de Direito.

Devemos isso para nossa própria dignidade pessoal, para aquilo que queremos deixar para as próximas gerações.

Devemos isso ao povo brasileiro e aos defensores da democracia de todas as nações.

Vamos à luta!

PAULO LEMOS atua em Mato Grosso como advogado especialista em Direito Administrativo, com ênfase em planejamento e improbidade administrativa, e Direito Eleitoral.


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