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Dia do Trabalho tem ato contra o impeachment em Cuiabá

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros movimentos sociais realizaram neste domingo a 28ª Romaria dos Trabalhadores. A caminhada foi para celebrar o Dia do Trabalhador, comemorado neste 1º de maio, e para protestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Os manifestantes saíram da sede do Incra, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, e foram até a praça cultural do bairro CPA II, um percurso de aproximadamente 3 quilômetros. A caminhada durou cerca de 1h30 e, depois, teve início um ato cultural na praça.

“Todo ano nós fazemos a romaria. Essa é a 28ª e tem um caráter diferente, porque conseguimos unir a CUT [Central Única dos Trabalhadores] com o MST e a Frente Brasil Popular em defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia”, disse João Dourado, presidente da CUT em Mato Grosso.

Os manifestantes são contrários ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que está atualmente no Senado. “Vão tirar uma presidenta que foi eleita na sua maioria pelo povo brasileiro e colocar Michel temer como presidente e Eduardo Cunha como vice-presidente. Já está comprovado que Eduardo Cunha é corrupto. O Michel Temer está sendo citado em várias delações premiadas”, disse Dourado.

“Uma das pautas da nossa romaria é a denúncia à perda dos direitos trabalhistas. E acredito que grande parte da classe trabalhadora organizada urbana não se deu conta ainda do que está em jogo com essa proposta do impeachment do governo. Para nós, é uma proposta golpista que vem simplesmente para destruir o que conseguirmos com muita luta, que foi essa jovem democracia que está sendo ameaçada”, disse Dê Silva, que é da direção do MST em Mato Grosso.

O deputado federal Ságuas Moraes (PT) participou da manifestação em Cuiabá. “A romaria é muito antiga, mas essa tem um significado maior, porque é também em defesa intransigente da democracia, contra o golpe. A população precisa entender que não pode, por causa de uma crise econômica e política, destituir um governo democraticamente eleito. Se assim fosse, teríamos que tirar vários governadores, prefeitos. A agenda que estão propondo [caso a Dilma saia] é uma agenda de recessão, de terceirização de todos os setores, de retirada de programas sociais, de retirada dos direitos trabalhistas”, declarou.

Nem a Polícia Militar e nem os organizadores da manifestação falaram sobre a estimativa de público.

Durante toda a semana, integrantes do MST realizaram manifestações em Cuiabá. Pelo menos 150 famílias estão acampadas na sede do Incra da capital desde a última terça-feira (26), segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.


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