O senador Wellington Fagundes (MT) manifestou-se, nesta sexta-feira(22), pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O vice-líder do governo Dilma no Senado é membro da Comissão Especial mudou de lado e diz agora que irá votar pelo afastamento da presidente . Segundo ele, é necessário que o parlamento aja com responsabilidade. ‘’O momento está chegando e é claro que esse voto não pode ser apenas técnico”, declarou durante discurso na sessão plenária.
A comissão que vai analisar o pedido de impeachment será oficialmente instalada no Senado Federal na próxima segunda-feira (25).
O presidente do PR de Mato Grosso disse que comunicou a presidente Dilma que será impossível impedir a admissibilidade do processo no Senado. “Falei para a presidente que hoje o clima no Senado é pela admissibilidade, porque todos nós temos que ouvir a população. Temos que ouvir as vozes das ruas”.
Wellington acredita que, dentro de no máximo uma semana, será possível aprovar o relatório e encaminhá-lo a plenário para que lá também seja apreciada a decisão proveniente da Câmara dos Deputados. Após juízo de admissibilidade do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff poderá ser afastada do cargo por até 180 dias, assumindo em seu lugar o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Na avaliação de Fagundes, o Senado precisa dar uma resposta rápida à população. “Nós temos pressa, pois não podemos deixar o cidadão brasileiro na incerteza. Principalmente aqueles que estão desempregados e querem uma solução para este país”, alertou.
Contrariando suas declarações anteriores, Wellington afirma que nunca concordou que o impeachment seja um golpe e que sempre reconheceu que o processo tem previsão constitucional, sendo, portanto, democrático. Mas enfatizou a necessidade de que o caso seja analisado com responsabilidade.
O parlamentar ainda destacou que o PR não fechou questão em torno do processo de impeachment da presidente Dilma. “Tivemos a oportunidade de ajudar o desenvolvimento do país ao indicar o saudoso republicano, José de Alencar, que foi extremamente importante para aliar o capital ao trabalho e, junto com o presidente Lula, trazer mais de 50 milhões de pessoas da pobreza total para o consumo. Avançamos muito a classe média, e é isso que queremos e devemos fazer, dar mais oportunidades a população brasileira”, concluiu.