Quando pronunciamos a palavra crise, logo vem à mente a imagem de uma situação de grande dificuldade.
Toda crise faz parte de um processo que tem começo, meio e fim. Crise em grego significa decisão. Enquanto um juiz toma decisão pelo tipo de sentença o médico toma decisão pelo tipo de doença.
Mas e o político? Que tipo de prós e contras ele coloca na balança na hora de decidir sobre o impeachment de um presidente?
Todo processo de decisão provoca dúvida, que causa a angústia e o desconforto da escolha. No entanto, a crise obriga tanto os políticos como seus eleitores a pensarem e decidirem o melhor caminho para ambos.
Em sintonia, o melhor resultado é sempre aquele que cria uma ocasião favorável a maioria, com resultados que geralmente unem e nunca se separam.
O Impeachment da presidente Dilma é um processo que está entre o passado obscuro da corrupção e o apogeu justo e necessário para que a esperança possa ser novamente alcançada neste país.
Ocasião oportuna para que nós eleitores, possamos decidir, durante a votação no Congresso, quem une de quem separa, quem inventa de quem procura e principalmente quem mente de quem sempre teve boas intenções no sentido de agir a favor do povo e do nosso país.
Os escândalos de corrupção na Petrobras e muitos outros são fatos que não mentém, mas podem ser alterados pela palavra. Miremos nas consequências que hoje destroem as vidas de milhões de brasileiros desempregados, pois só elas têm a capacidade de refletir e indicar a origem de tudo que ficou no passado. Se hoje vivemos em crise é porque um dia ela foi provocada.
Seja por má-fé ou incompetência o fato é que, hoje o brasileiro paga mais pra sobreviver.
No entanto, apesar das dificuldades toda crise é necessária, porque no mínimo ensina e obriga todos nós a pensar.
HAROLDO DE ARRUDA JÚNIOR é professor de Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).