O futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será anunciado nesta quinta-feira, às 14 horas, pelo governador Pedro Taques (PSDB). Taques reúne seu staff e a imprensa para apresentar o relatório produzido pela KPMG Consultoria que analisou a viabilidade de conclusão ou não do modal. Taques também deve anunciar a data de retomada da obra do VLT.
Três pontos foram analisados e serão explicados pelo governo: O primeiro é com relação ao custo para concluir o VLT, os reais valores que foram gasto para iniciar a implantação do modal, além do modelo de operação a ser escolhido e o molde tarifário. Também foi realizado um relatório sobre a compra dos 40 vagões pela gestão Sival Barbosa (PMDB). Só com os vagões foram gastos cerca de R$ 500 milhões.
O relatório da KPMG foi entregue à Justiça Federal pela empresa no último dia 28, que determinou a contratação da consultoria.
A obra do VLT está paralisada há mais de um ano e já consumiu R$ 1,06 bilhão dos cofres públicos e mais R$ 600 milhões, segundo o governo Taques, devem ser empregados para colocar o modal para operar.
Dos R$ 600 milhões que ainda serão gastos com a obra, o governo estadual já tem R$ 200 milhões assegurados pela Caixa Econômica Federal. Já os outros R$ 400 milhões estão sendo viabilizados junto ao Ministério das Cidades.
Durante o lançamento das obras de recuperação de três avenidas de Cuiabá, nesta quarta-feira, o governador Pedro Taques garantiu que vai concluir o VLT.
Enquanto o governo busca alternativas para concluir a obra, a CPI das Obras da Copa investiga possíveis irregularidades na obra e já fala em até pedir a prisão dos responsáveis entre eles o ex-secretário Extraordinário da Copa, Maurício Guimarães.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Wilson Santos (PSDB), que é membro da CPI, disse que a compra dos vagões do VLT pode ter gerado um pagamento de propina de aproximadamente R$ 88 milhões. A compra dos vagões foi autorizada pessoalmente pelo ex-governador Silval Barbosa, preso há quase seis meses acusado de liderar um esquema de cobrança de propina para conceder incentivos fiscais à empresas.