Após a divulgação da prisão do ex-jornalista da Prefeitura de Várzea Grande, João Carlos Queiroz, de 59 anos, que é acusado de abusar sexualmente de uma garota de 11 anos, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, no último domingo (27), a família de outra menina, que hoje também tem 11 anos, denunciou que esta também teria sido abusada por ele, ainda em 2014, quando ela tinha nove anos.
A nova denúncia foi feita à imprensa, pelos pais da vítima que pedem para não ser identificados. Conforme a acusação, o caso de 2014 teria ocorrido durante as festas comemorativas do Natal. O jornalista teria ido à comemoração acompanhado de um primo da família e aproveitou o momento que ficou sozinho com a criança para “abraçá-la”, por trás, e acariciar suas partes íntimas.
A menina teria conseguido fugir e se esconder no quarto. Chorando muito ela denunciou o jornalista aos pais. Prevendo ser detido pelo pai da vítima, que é policial, João Carlos teria fugido imediatamente. A família não registrou o crime na Polícia Civil.
Apesar de denúncia à imprensa, o delegado Eduardo Botelho, da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), disse ao site Repórter MT, que o respectivo caso ainda não chegou ao seu conhecimento.
O delegado lembrou que além da vítima de 11 anos, que denunciou o crime na Lagoa Trevisan, o jornalista também é acusado de ter abusado sexualmente de outras duas crianças de 10 anos. “Essas outras duas supostas vítimas não denunciaram o jornalista. Mas há informações que ele teria cometido o crime contra elas”, destacou. De acordo com o delegado, essas vítimas devem prestar depoimento nos próximos dias na Deddica.
Já sobre a possibilidade do acusado prestar um novo depoimento, Eduardo Botelho afirmou que ainda deve avaliar se pedirá o novo interrogatório, ao analisar as informações dos interrogatórios das vítimas. “Quando foi preso, ele (João Carlos Queiroz) negou todas as acusações”, explicou.
DETIDO NO CARUMBÉ E EXONERADO DA PREFEITURA
Preso em flagrante, ainda na Lagoa Trevisan, o jornalista teve a prisão preventiva decretada em uma audiência de custódia na segunda-feira (28), segue detido no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé).
Após saber a prisão dele, o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, o exonerou do cargo de supervisor, onde ele autuava desde maio de 2015.
O CASO DA LAGOA
O jornalista foi preso após a menina odenunciar aos seus dela que o acusado, se aproveitou que era ‘amigo da família’, para se aproximar dela, na água, e acariciar suas partes íntimas.
Em seguida, o acusado entrou no carro e tentou fugir. Ele chegou a atropelar a mãe da vítima, que sofreu fraturas em uma das pernas. No entanto, acabou detido por populares que o entregaram a uma guarnição da Polícia Militar.
Apesar disso, testemunhas disseram à PM, que viram no mesmo dia, o jornalista saindo do banheiro com outras duas crianças.