O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf (PSDB) teria recebido dinheiro da construtora Odebrecht. O nome de Maluf consta em uma planilha apreendida pela Polícia Federal na 23ª fase da Operação Lava Jato de batizada de “Acarajé”. Nela consta que o tucano teria recebido R$ 150 mil da empreiteira em 2012 quando disputou a prefeitura de Cuiabá e mais R$ 350 mil nas eleições de 2014. No total, Maluf teria recebido R$ 500 mil da Odebrecht.
A lista foi divulgada, nesta quarta-feira, pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues, disponibilizado pelo portal de notícias UOL.
Em nota, o presidente da Assembleia nega ter recebido qualquer quantia da empreiteira e destacou que as as contas das campanhas que disputou em 2012 e 2014 foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O deputado também informa que estudará as medidas jurídicas cabíveis a serem tomadas acerca da divulgação do seu nome indevidamente na lista.
Segundo matéria do portal UOL, ass planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22.mar) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Além de Maluf, os documentos relacionam nomes da oposição e do governo como dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), além do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre outros.