"> Ex-secretário teria pago R$ 100 mil para jornalistas presos por extorsão – CanalMT
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Ex-secretário teria pago R$ 100 mil para jornalistas presos por extorsão

Da Redação

O ex-secretário da Casa Civil na gestão Silval Barbosa, Pedro Nadaf (PR), preso desde setembro de 2015, foi uma das vítimas de extorsão dos cincos jornalistas presos no último sábado (12) na Operação “Liberdade de Extorsão”, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz). Nadaf teria supostamente pago R$ 100 mil ao grupo para evitar que informações a seu respeito fossem divulgadas.

Os motivos da extorsão devem ser detalhados por Nadaf durante depoimento ao delegado Anferson Veiga. O interrogatório deve acontecer no decorrer desta semana. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o ex-chefe da Casa Civil pagou os jornalistas em três cheques nos valores de R$ 30 a R$ 40 mil.

Os depoimentos dos jornalistas presos preventivamente Max Feitosa Milas, Antônio Carlos Millas de Oliveira, Maycon Feitosa Millas e Naedson Martins da Silva, todos do Grupo Milas de Comunicação, devem ocorrer após o interrogatório de Pedro Nadaf.

Antônio Millas de Oliveira é dono do jornal Centro-Oeste Popular, o filho dele, Max Feitosa, é dono do Notícia Max e Naedson da Silva é editor-chefe do Brasil Notícias. Os mandados de prisões foram cumpridos na operação “Liberdade de Extorsão”, da Delegacia Fazendária (Defaz).

As investigações apontam que os membros do Grupo Milas de Comunicação utilizavam-se da prática criminosa de extorsão há anos e seus principais alvos eram políticos e empresários. Para não divulgar as informações sobre supostas irregularidades o grupo cobrava entre R$ 100 mil a R$ 300 mil.

Além dos jornalistas do Grupo Milas, também foi preso na operação um auditor fiscal da prefeitura de Cuiabá acusado de vagar informações sigilosas aos jornalistas.

Por meio de nota, o Grupo Milas de Comunicação disse que a empresa tem divulgado denúncias envolvendo pessoas importantes em Mato Grosso e que os jornalistas vão esclarecer o caso quando forem ouvidos pela autoridade policial. “O grupo sempre se pautou pela verdade” e tem como linha editorial o jornalismo investigativo”. A nota diz ainda, que as “denúncias estão incomodando os poderosos do Estado”.


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