"> Bezerra recebeu R$ 1 milhão em propina por intermediar contrato, diz Silval – CanalMT
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Bezerra recebeu R$ 1 milhão em propina por intermediar contrato, diz Silval

Lizandra Macedo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, autorizou a abertura de inquérito para investigar a suspeita de que o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) tenha sido favorecido com até R$ 1 milhão desviado dos cofres públicos na gestão do seu ex-correligionário, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
O dinheiro seria resultado de um desvio de R$ 15,857 milhões dos cofres públicos por meio de uma fraude em um pagamento do Estado destinado à desapropriação do bairro Jardim Liberdade I, localizado em Cuiabá.
Um total de R$ 33,2 milhões foi pago a empresa Santoniri Empreendimentos Imobiliários, que se comprometeu a devolver parte do dinheiro a título de propina para favorecimento de agentes políticos.
Nos termos de colaboração premiada que firmaram na Procuradoria Geral da República (PGR) e já devidamente homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf afirmaram que parte dos R$ 15,857 milhões desviado dos cofres públicos serviu para abastecer o deputado federal Carlos Bezerra com R$ 1 milhão.
Silval relatou que R$ 1 milhão foi pago a Bezerra em razão do parlamentar intermediar o contrato do governo do Estado com a Santorini Empreendimentos LTDA. Por outro lado, Nadaf disse que via com frequência Bezerra pressionar o então procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, para agilizar a concretização dos pagamentos relativos a desapropriação do bairro Jardim Liberdade I.
Ainda foi relatado nos depoimentos que parte do dinheiro foi destinada a cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em resultado de um acordo ilícito para que o órgão de fiscalização se abstivesse de fiscalizar com rigor obras da Copa do Mundo e do MT Integrado.
Somados, estes contratos ultrapassam a cifra de R$ 3 bilhões. Estão afastados cautelarmente dos cargos os conselheiros José Carlos Novelli, Antônio Joaquim, Valter Albano, Waldir Teis e Sérgio Ricardo. Todos são suspeitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


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