"> STF alega reincidência de Paulo Taques para manter prisão – CanalMT
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STF alega reincidência de Paulo Taques para manter prisão

Sávio Saviola

 Para justificar a manutenção da prisão preventiva do ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou em sua decisão os fortes indícios de que Paulo Taques integrou uma organização criminosa destinada a promover interceptações telefônicas ilegais a partir do Núcleo de Estrutura de Inteligência da Polícia Militar.

O mandado de prisão foi expedido pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, no dia 27 de setembro quando foi deflagrada pela Polícia Civil a Operação Esdras.

No dia 10 de outubro, foi a vez do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas, negar o pedido de liminar em habeas corpus por entender que a prisão decretada preenchia os elementos expressos no Código de Processo Penal. Um dos itens desconsiderados foi o argumento da defesa de que Perri autorizou a prisão preventiva dispensando parecer do Ministério Público Estadual (MPE).

A decisão do STF ressalta que diante da suspeita de membros do Ministério Públicos em grampos clandestinos, o magistrado agiu corretamente e não feriu a lei, uma vez que,

O ministro Luís Barroso ainda destacou a reincidência de Paulo Taques em manter articulações envolvendo grampos telefônicos clandestinos, uma vez que, já havia sido preso preventivamente.

“Não podemos olvidar, ainda, que dois dos membros da provável organização criminosa, a saber, Paulo Cesar Zamar Taques e Cel. Evandro Alexandre Ferraz Lesco, já estiveram presos provisoriamente em outros inquéritos policiais, e mesmo depois de colocados em liberdade, continuaram, em tese, a praticar infrações penais, demonstrando, com tais comportamentos, que possuem personalidades distorcidas e voltadas a cometimento reiterados delitos”, diz um dos trechos da decisão.

o inquérito da Polícia Civil, ressalta que Paulo Taques se utilizou da condição de advogado para coagir um ex-cliente, o tenente coronel José Henrique Costa Soares, e convencê-lo a gravar o desembargador Orlando Perri com o intuito de colocá-lo sob suspeição e afastá-lo das investigações.

As investigações da Polícia Civil atribuem ao ex-secretário Paulo Taques o total de sete crimes que são corrupção ativa, coação no curso do processo, organização criminosa, obstrução à Justiça, denunciação caluniosa e violação do segredo profissional.

Ainda seguem presos preventivamente o ex-chefe da Casa Militar Evandro Lesco e sua esposa, a personal trainer Helen Christy Carvalho Dias Lesco, o ex-secretário de Segurança Pública, Roger Jarbas, o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Benedito Siqueira Júnior e o major da Polícia Militar Michel Ferronato.

O empresário José Marilson da Silva conseguiu ter a prisão preventiva revogada logo após contribuir com as investigações em seus depoimentos prestados a delegada da Polícia Civil Ana Cristina Feldner.

Atualmente, as investigações relacionadas a suspeita de grampos telefônicos ilegais foi remetido ao STJ em razão do foro por prerrogativa de função do governador Pedro Taques(PSDB), que passou a ser oficialmente investigado.

O ministro Mauro Campbell Marques determinou sigilo das investigações.


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