"> Lesco e esposa são interrogados pela segunda vez por delegados – CanalMT
João Vieira

Lesco e esposa são interrogados pela segunda vez por delegados

Da Redação

O coronel da Polícia Militar, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos e sua esposa, a personal trainer Helen Christy Carvalho Dias Lesco, foram escoltados até o Complexo Miranda Reis de Juizados Especiais, em Cuiabá, nesta terça-feira (10) para serem novamente interrogados pelos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringueta, em um dos inquéritos que investigam o esquema de interceptações telefônicas clandestinas.

A própria defesa do casal que pediu o reinterrogatório, pois na semana passada ambos ficaram em silêncio quando tiveram a oportunidade de responder aos questionamentos dos delegados. Eles estão presos desde o dia 27 de setembro por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri, responsável pelo caso dos grampos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Evandro Lesco chegou ao local por volta das 12h enquanto Helen foi escoltada por agentes penitenciários que a deixaram no Complexo Miranda Reis por volta das 14h. Ela chegou usando uniforme de presidiária da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, porém, dessa vez não estava algemada.

Na semana passada, ela foi a única presa que chegou algemada o que levantou quesitonamentos sobre o tratamento diferenciado recebido pelos demais presos que chegaram sem uniformes de unidades prisionais e com as mãos livres. Diante da situação, o desembargador Orlando Perri enviou ofício para a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) para explicar o motivo da algema. Para o magistrado, não havia necessidade de algemas em Helen.

Nesta terça-feira, Helen chegou em um carro descaracterizado, um Chevrolet Ônix branco, acompanhada por um policial civil e uma agente penitenciaria. O casal Lesco solicitou um reinterrogatório sobre as acusações que resultaram na prisão preventiva do casal.

Eles, juntamente com outras 6 pessoas, são acusados de montar uma farsa para conseguir o afastamento do desembargador Orlando de Almeida Perri das investigações do caso que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”.

O casal ficou em silêncio quando teve a oportunidade de responder às questões dos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, na semana passada, a expectativa é que com o interrogatório novos fatos venham a tona.

Embora os delegados do caso e nem a defesa revelem o teor dos depoimentos, entre os questionamentos que devem ser feitos ao casal diz respeito ao plano de tentar gravar o desembargador Orlando Perri e depois usar a conversa ou alguma frase fora do contexto para pedir o afastamento dele do caso.

A farsa foi denunciada pelo tenente-coronel José Henrique Soares que afirmou ter sido coagido pelos integrantes do grupo para que permitisse a instalação de uma câmera espiã em sua farda que deveria ser usada quando participasse de alguma reunião com o desebargador Orlando Perri para falar sobre as investigações. Soares era o escrivão do inquérito policial militar instaurado pela Polícia Militar para apurar a participação de oficiais da corporação no caso.


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