O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) poderá ser condenado até 22 anos de cadeia pela suspeita de participação em um esquema de desvio de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
A condenação foi requerida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nas alegações finais apresentadas na ação penal em andamento na 7ª Vara Criminal de Cuiabá relacionada a Operação Seven.
O processo será julgado pela juíza Selma Arruda. Os crimes atribuídos ao peemedebista são de organização criminosa, peculato, ordenação de despesas não autorizadas.
Pelos mesmos crimes, o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), poderá ser condenado até 22 anos de prisão.
O ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves, pode ser condenado até 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e organização criminosa.
Outros réus como o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf e o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e o ex-secretário adjunto de administração, José Nunes Cordeiro, poderão ser condenados até 20 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e peculato.
O ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, é acusado de organização criminosa e peculato e tem pena estipulada em 20 anos.
O médico Filinto Correa da Costa foi acusado do crime de peculato e pode cumprir pena de até 12 anos de prisão.
Em razão de acordos de colaboração premiada e confissão de crimes em juízo, réus como o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf e o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, poderão ter as penas reduzidas em até 2/3 ou receber perdão judicial.
De acordo com as investigações dos promotores de Justiça, o governo do Estado deu início a um processo administrativo para a aquisição de uma área de terra rural que seria acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá, localizado na região do Manso.
O processo tramitou por vários órgãos públicos estaduais, como as secretarias estaduais de Meio Ambiente (Sema) e Administração, Casa Civil e no Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), onde foi avaliado tecnicamente por agentes públicos.
Ao final da tramitação do processo, foi realizado o pagamento da área no valor de R$ 7 milhões, embora as terras já pertencessem ao Estado.